quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cuca and me

Na altura do Natal, vi a apresentação do filme "Marley e eu", baseado no livro com o mesmo nome escrito por John Grogan. Pareceu-me o máximo! Ainda por cima, aquilo fez-me lembrar "alguém" que eu conheço, com as devidas diferenças...
Aqui vai a descrição da editora:
"Chamavam-se John e Jenny, eram jovens, apaixonados e estavam a começar a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, «um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro», que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava-se todo por cima das visitas, roubava roupa interior feminina e abocanhava tudo a que pudesse deitar o dente. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem, tão pouco, a «escola de boas maneiras», de onde, aliás, foi expulso.Só que Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Partilhou a alegria da primeira gravidez do casal e o seu desgosto com a morte prematura do feto, esteve sempre presente no nascimento dos bebés ou quando os gritos de uma vítima de esfaqueamento ecoaram pela noite dentro. Conseguiu ainda a «proeza» de encerrar uma praia pública e arranjou um papel numa longa-metragem, através do qual se fartou de «conquistar» corações humanos.A família Grogan aprendeu, na prática, que o amor se manifesta de muitas maneiras... e feitios."

Eis algumas diferenças...
... levaram para casa Cuca, "uma bola de pêlo preto em forma de cachorro"... que rapidamente se transformou num labrador (perdão, labradora) mediana e encorporada de 20 e tal quilos. Era (é!!) uma cadela como não há outra NO MUNDO INTEIRO: não ladra, salta a todas as pessoas que chegam a casa com uma alegria imensa, dá voltas sobre si mesma quando ouve a porta do armário da comida a abrir, só começa a comer quando lhe dão ordem (até lá, baba-se...), gosta de se deitar à frente do aquecedor ou atrás das nossas pernas, fica à espera em cima dos chinelos que as pessoas acabem o banho, é extremamente curiosa e tem que espreitar todos os sacos que chegam novos a casa, foge para baixo da mesa de cada vez que faz asneira e ainda mesmo que alguém se aperceba da asneira, sente quando alguém está triste e torna-se ainda mais carinhosa que o costume, gosta imeeeeeenso que lhe façam mimos e festas, gosta de se deitar de barriga para cima (tal e qual um leitão assado!) e abocanha tudo a que pode deitar o dente (principalmente se foram Ferreros Rochés ou lenços de papel ou pastilhas eláticas ou...). AH! E sempre que dizem o meu nome olha para cima do armário (este é um dos mistérios mais bem guardados, além dos de Fátima que, por acaso, até já foram desvendados!).
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Conseguiu ainda a proeza de me pôr a brincar no chão, a falar como quem fala com um bebé e a ansiar por chegar a casa depois de um dia de trabalho (não por estar cansada - que também é uma permissa válida - mas por saber que ela está à minha espera!)
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Toda a família (and me!) aprendeu, na prática, aquilo que já sabia: que o amor se manisfesta de muitas maneiras e feitios e que, a qualquer momento, pode fazer "cu-ca... cu-ca..."